Por isto é bom ser portista

as edições de hoje dos pasquins de Lisboa

Jornalismo badalhoco não é uma coisa que choque ou apanhe desprevenido um portista que viva no Portugalinho e esteja habituado a seguir a vida do seu clube. Já estamos vacinados. Até já houve bem pior do que as edições dos pasquins de hoje. Lembro-me, por exemplo, assim em casos recentes, da Taça Intercontinental em Dezembro. O "jornal" Record, cujo papel não serve para muito mais do que auxílio na casa de banho, seguiu a sua política habitual: no dia do jogo com o Once Caldas, a primeira capa foi inteiramente dedicada ao FC Porto, mas porque Luís Fabiano disse umas baboseiras quaisquer contra a própria equipa (nem quando jogamos lá fora acaba a perseguição); no dia seguinte, tendo o FC Porto sagrado-se campeão do mundo de clubes pela segunda vez, foi então remetido para um quadrado humilde num dos cantos (oh raios, ganharam mais uma vez..., deve-se ter pensado lá na redacção).
Imagino os pobres coitados nos dias seguintes às conquistas de Sevilha e Gelsenkirchen, obrigados por certo a dar a atenção devida ao FC Porto, tal a importância histórica e inédita para o futebol português dos feitos do mágico clube. Como deve ser difícil e indigna a vida de um "jornalista" nessas alturas.

Tivémos também o outro dia, a propósito da "troca de galhardetes" entre Koeman e Adriaanse que já estava a pôr os media em polvorosa, e à qual o nosso treinador pôs ponto final com classe e elevação, mais uma vez o Record veio levantar o ego à lampionagem com o brilhante dizer: "Koeman mete Adriaanse no seu lugar". No comments.

Ontem, houve em Amesterdão, num dos torneios internacionais mais prestigiados da pré-época, um jogo entre os dois últimos campeões intercontinentais, FC Porto e Boca Juniors, que o mágico clube venceu com personalidade. A amostra de hoje da imprensa desportiva lisboeta lembra-nos que está a começar mais um ano igual a todos os outros. E também porque já perceberam que vem aí um grande FC Porto, andam já todos assanhados com a possível titularidade de Helton na baliza portista (há sempre que arranjar qualquer boa nova para dar ao Portugalinho).

Por esta e por outras (mas sobretudo por estas)... Graças a Deus sou tripeira.