domingo, setembro 26, 2010

FCPorto 2 x 0 Olhanense. Dragão só sabe vencer

"Este ano o Porto está forte. Tem muito futebol.". Foi com esta frase que um adepto do Benfica desistiu de ver o jogo ao intervalo. Com um misto de amargura e admiração, ela traduz o que é o FCPorto 2010/2011: uma equipa sólida, com um futebol esmagador, que sufoca o adversário e apenas pensa na vitória. Para recordar ficam a estreia de Otamendi assinalada por um golo e a 6ª vitória na competição que isola ainda mais o FCPorto no topo. Para a concorrência apenas ficam as lamúrias e as peneiras imaginárias para tapar o Sol da incompetência.

Avassalador é o termo que melhor descreve o jogo que o FCPorto praticou na 1ª parte. Com 65% de posse de bola e muito forte sobre a bola, a equipa portista manietou completamente o Olhanense desde o 1º minuto, fazendo de Helton praticamente apenas mais um espectador.

No alinhamento da equipa a grande surpresa foi a inclusão de Otamendi no eixo da defesa. Para mim acaba por ser dupla surpresa. Tendo em conta os últimos jogos, Maicon vinha-se revelando muito mais seguro que Rolando que acusava algum nervosismo, traduzido em passes errados e, no último jogo, uma mão na bola completamente disparatada dentro da área que, por sorte, o árbitro não assinalou.

Voltando ao jogo, o FCPorto como já referi, entrou muito forte e muito pressionante, embora tenha estado francamente melhor na 1º parte do que na 2ª. Com Hulk a dar o mote, e Varela, Belluschi, Moutinho e Fernando (enorme agora no seu novo papel box-to-box), Moretto acabou por ser o melhor dos algarvios, negando várias vezes o golo aos dragões.

O golo acabou finalmente por surgir por Otamendi, após defesa incompleta da Moretto a remate de Hulk. O brasileiro acabaria mesmo por dilatar a vantagem e estabelecer o resultado final já em cima do intervalo a aproveitar da melhor maneira uma desatenção da defesa contrária.

Na segunda parte, como eu já previa, o FCPorto baixou as linhas e entregou alguma iniciativa ao Olhanense, sem no entanto perder o controlo do jogo. Villas-Boas deu mais alguns minutos a Walter e Ruben Micael, embora ambos tenham mostrado pouco. Também não era fácil dado o cariz do jogo. Por outro lado, a entrada de Ruben Micael serviu para fazer sair Hulk de modo a evitar que o seu descontrolo emocional em crescendo tivesse piores consequências. Em mais um jogo em que foi alvo de marcações impiedosas, Hulk começou a perder a calma e a "retribuir" os mimos e a falar demais. Villas Boas não perdeu tempo e aos 70m já o artilheiro do campeonato estava a refrescar as ideias no banco. Por outro lado, Hulk também deu nota de alguns tiques de vedetismo ao não deixar por exemplo que Belluschi batesse um livre. Será pois importante fazer com que Hulk mantenha os pés no chão, para seu bem e para bem do FCPorto.

Mas já que falamos em marcações impiedosas, que dizer da permissividade do árbitro para com a actuação de Vinicius que fez entradas suficientes para ver 3 ou 4 cartões amarelos mas só levou 1? Continua portanto a "caça ao jogador azul e branco".


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