sexta-feira, agosto 20, 2010

Genk 0 x 3 FCPorto - As mãos de Helton, a classe de Ruben e as bombas sul-americanas

Em primeiro lugar, destaque ao mais importante: o FCPorto praticamente assegurou a passagem à fase de grupos da Liga Europa com um resultado concludente de 3-0. No entanto... a exibição deixou muito a desejar.

O jogo do FCPorto foi lento e complicativo. A ausência forçada de Hulk acabou por retirar alguma explosividade ao ataque azul e branco até porque Ukra, acusando a responsabilidade da sua estreia com a camisola do FCPorto e a titularidade inesperada, jogou sempre muito aquém daquilo que sabe fazer. Como do outro lado Varela só a espaços conseguiu criar problemas aos defesas belgas, raramente os azuis e brancos importunaram o jovem guarda-redes belga.

A somar a isso, os médios, sempre em desvantagem numérica no centro do terreno, acumularam erros sobretudo ao nível do passe. Trata-se de um aspecto a rever tal como os erros defensivos, sobretudo no entendimento entre Maicon e Álvaro Pereira na 2ª parte, a darem razão à necessidade de contratação de um defesa central que, salvo novidades de última hora, deverá ser o internacional argentino Otamendi.


Sem ideias, o penalty caíu autenticamente do céu, graças a uma falta tão fortuita quanto escusada do defesa Joneleit. Na transformação, Falcao não perdoou e abriu caminho à vitória.
O pior foi a entrada na segunda parte, quando o Genk decidiu finalmente carregar no acelerador à procura da igualdade. Sem velocidade, o FCPorto passou por muitas dificuldades e só um grande Helton, impecável sempre que foi chamado a intervir, evitou males maiores.

O sobressaltou durou até ao minuto 65 altura em que Matoukou decidiu levar tudo à frente, inclusive João Moutinho, e foi expulso sem contemplações.


Abro aqui um parêntesis para dizer que espero que os senhores Paulo Baptista e João Ferreira, árbitros dos dois últimos jogos do FCPorto, tenham acompanhado com particular atenção este lance de modo a perceberem que entradas às canelas (já não falo de pisadelas na cabeça), são merecedoras de cartão vermelho directo.

Este facto, somado à entrada de Ruben Micael (que levou o FCPorto a estruturar-se num 4.2.3.1), quebrou o ânimo à equipa belga, permitindo o retomar da iniciativa por parte da equipa portuguesa. E que diferença, com Ruben Micael em campo! O FCPorto passou a ser finalmente capaz de retr a bola mais à frente e de a circular com maior qualidade. Consequência natural disso foi o 2º golo do FCPorto, um golo do outro Mundo de Souza!

A partir daí o jogo, tal como a eliminatória, ficou sentenciado, tendo ainda havido tempo para o 3º golo do FCPorto, por Belluschi, também ele de grande execução, e ainda para ver a barriga de Walter em campo. O brasileiro terá de perder uns bons quilogramas e de ganhar muito mais ritmo para justificar a aposta do FCPorto em si.

Em grande no jogo estiveram Helton, Fernando e Ruben Micael (nos poucos minutos que jogou) em contra-ponto com Maicon, Ukra, Varela, Álvaro Pereira e Moutinho. Venha o Beira-Mar!


Resumo do jogo




Espiando a web belga

O triunfo do FCPorto não sofre qualquer contestação nos sites noticiosos belgas. A supremacia do FCPorto é vista como natural, tratando-se de um clube de Liga dos Campeões, apesar do resultado ser considerado exagerado face à boa réplica do Genk, que teve pouca sorte na hora da finalização.

Há alguma discussão em torno do penalty que deu o primeiro golo ao FCPorto. Se o site do Genk afirma que quem cometeu falta foi Falcao, já nos jornais on-line, à hora do jogo, assumia-se que tinha havido efectivamente falta do defesa belga sem margem para dúvidas mas... fora da área.

Também não sofre contestação a expulsão de Matoukou nem sequer no próprio site do Genk.

O que fica é que a justiça da vitória do FCPorto não sofre contestação e que só por milagre o Genk conseguirá inverter o resultado.

Fotos: Record e UEFA.COM

3 comentários:

dragao vila pouca disse...

Melhor, sem dúvida, o resultado que a exibição. Acho que a qualidade apresentada frente ao Benfica era prematura, o que é normal e o Porto dos últimos é o Porto que ainda tem muito trabalho pela frente.

A entrada sobre o Moutinho foi igualzinha à que sofreu o Guarín na Figueira, com uma diferença, na Bélgica o agressor foi expulso, na Figueira o árbitro nem marcou falta e com o jogador caído no chão a contorcer-se com dores, o juíz só dizia, siga, siga...

Um abraço

Anónimo disse...

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Gaspar Lança disse...

1º jogo oficial no Dragão, e que jogo!
Muita coordenação, grandes combinações, grandes passos, poucos erros. Grande exibição da nossa equipa.
Grande golo de Belluschi, e Falcao mais uma vez a marcar!
Agora é trabalhar e vencer o Genk novamente, desta vez no Dragão!

Um abraço,
http://odragaozinho.blogspot.com