terça-feira, agosto 24, 2010

FCPorto 3 x 0 Beira Mar - 3 pontos para a liderança

Sem hipóteses. O Beira-Mar raramente conseguiu incomodar a baliza de Helton e, apesar de ainda ter esboçado alguma resistência na primeira parte, fruto também de alguma apatia portista, não conseguiu evitar a derrota por números que não deixam dúvidas e que poderiam ter sido muito mais expressivos se Falcao tivesse estado com a pontaria habitual.

Sabendo de antemão do resultado do Benfica que, mantendo a sua tremenda regularidade, voltara a perder, o FCPorto não podia desperdiçar a ocasião de aumentar a diferença pontual e atacar a liderança do campeonato logo à 2ª jornada. Se o início do jogo foi algo amorfo e lento, a lesão madrugadora de Ukra também veio de certa forma alterar os planos de Villas Boas, foi necessário esperar praticamente meia hora para ver a primeira jogada de aceleração do FCPorto e... pelo golo! Moutinho temporizou muito bem após uma recuperação de Belluschi (que grande jogo!), esperou pela subida de Álvaro que cruzou para a entrada mortífera de Falcao.

Quebrada a muralha sobretudo psicológica, e passado o susto de uma desatenção (mais uma) dos centrais, o FCPorto foi para o intervalo a vencer por 2-0 já que Belluschi conseguiu ainda fazer o gosto ao pé na marcação perfeita de um livre.

Impõe-se o reparo: é interessante ver a diversidade de soluções que o FCPorto aplica actualmente na marcação de lances de bola parada, ultrapassado que está o dogma dos livres de Bruno Alves que, por ter tido um jogo feliz contra o Sporting, se assumiu como figura incontestável nesse particular... mesmo tendo apenas vo

Na segunda parte (que infelizmente não vi) o FCPorto mais não fez do que confirmar de forma categórica o seu ascendente com Falcao a protagonizar um festival de falhanços mas conseguindo, apesar de tudo, o seu 2º golo, golo esse que lhe permitiu chegar também ao topo da tabela de marcadores. Saliência ainda para nova assistência de Ruben Micael que, depois da excelência da exibição em Genk, voltou novamente a estar em destaque contribuindo para o resultado e provando merecer a titularidade. Villas Boas tem aqui uma bela dor de cabeça.

Entretanto, o FCPorto voltou a demonstrar a alternância táctica que tem vindo a ser a sua imagem de marca desde o jogo da Naval, começando em 4-3-3 e terminando em 4-2-3-1. Depois da rigidez táctica dos últimos anos, é sem dúvida gratificante ver esta versatilidade.

Contratações e regressos

Há finalmente fumo branco em relação a Otamendi. Trata-se de um reforço sonante, que foi titularíssimo na alviceleste durante o último Mundial. É um reforço que poderá ser fundamental no ataque ao título (numa altura em que se nota alguma insegurança no eixo da defesa portista, apesar da "folha limpa" em termos de golos sofridos) mal esteja integrado e adaptado ao FCPorto. Ainda para mais é um jogador jovem e ambicioso. No Velez formava dupla com Torsiglieri que, curiosamente, se transferiu também esta época para Portugal (Sporting).


Quem está de volta é Hulk, num regresso que se aplaude. Depois da infelicidade que se abateu sobre o jogador, o brasileiro está novamente ao dispor de Villas Boas para os próximos jogos. A consequente solidariedade que o plantel demonstrou para com ele no jogo contra o Genk diz bem da união que vai actualmente no plantel azul e branco e é um sinal importante do apoio que o jogador terá no seu regresso. A notícia da sua convocatória para os trabalhos do escrete não poderia ter vindo em melhor altura. Que tenha a força necessária para superar a tragédia e agarrar aquela que pode ser a época mais decisiva da sua carreira (desde que tome as necessárias precauções ao passar em certos e determinados túneis).

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