domingo, outubro 16, 2005

Histórico...

Depois do eclipse anular, fomos novamente brindados com um evento que acontece ciclicamente, este a cada 14 anos: o Benfica ganhou em casa do F.C.Porto. O resultado não merece grande discussão face ao que se passou no terreno de jogo uma vez que o F.C.Porto só a espaços conseguiu atacar com qualidade enquanto que por outro lado, o Benfica que esteve bem na segunda parte, conseguiu explorar dois erros defensivos do F.C.Porto.

Na defesa ficou provado que Ricardo Costa não pode ser central de marcação e nem tão pouco pode ser o líder do sector e da equipa. Neste capítulo Pedro Emanuel é muito superior sendo, como dizia Mourinho, "Um segundo treinador em campo". Ricardo Costa teve duas falhas imperdoáveis que foram facilmente exploradas por Nuno Gomes. Depois aconteceu também a expulsão de Bruno Alves que, como já era sobejamente conhecido, tem um temperamento explosivo e impulsivo.

No meio campo, volto a insistir, é indispensável colocar um médio de raíz defensiva que feche os espaços frente à defesa e saiba contribuir para as compensações defensivas. Ibson tem qualidade é um facto, mas não serve para todos os jogos. Imaginei que Adriaanse tivesse percebido isso na Madeira mas, ao que parece, assim não aconteceu. Há jogos em que é indispensável utilizar um médio como Raul Meireles ou Paulo Assunção.

Na luta de meio campo o Benfica ganhou claramente na segunda parte, fruto do cansaço de Lucho que acusou o desgaste a que foi sujeito durante a semana. Deveria talvez ter ficado no balneário durante o intervalo por troca com Assunção. O Benfica soube explorar bem esse factor com a entrada de Karyaka que, não sendo um jogador de grande nível, trouxe o dinamismo necessário para desiquilibrar o jogo.

O F.C.Porto até tinha começado bem, circulando a bola pelas alas, fugindo à característica pressão do meio campo do Benfica que é movida por Manuel Fernandes e Petit (o tal do "sumaríssimo" de 3 semanas que, se a defesa do jogador for bem sucedida, ainda virá a ser beatificado por Bento XVI), mas depois a melhor organização e maior frescura física destes, ainda para mais com a entrada de Karyaka, fizeram a diferença.

No ataque, o F.C.Porto foi quase uma nulidade. Sem apoio é complicado fazer melhor e se não houver ninguém que pelo menos esporádicamente consiga romper até à linha de fundo e cruzar atrasado, a coisa fica mais difícil. Alan e Jorginho nesse capítulo foram zero e só com Quaresma em campo se começou a ver algo nesse sentido.

Uma palavra para o árbitro que aqui merece o meu louvor pois, com a sua actuação, conseguiu poupar trabalho ao F.C.Porto e ao C.D. da Liga com a exibição do cartão amarelo a Karagounis quando este resolveu fazer um estudo de resistência estrutural anatómica ao choque com Lisandro Lopez. Se não tivesse exibido esse cartão amarelo neste lance, lá teria de seguir mais uma denúncia para o C.D., pois parece ser a única forma de os processos legais serem despoletados quando se trata do Benfica, e lá teríamos de assistir a mais um processo ao nível do da Casa Pia, com um desfilar interminável de testemunhas a provarem que Karagounis é boa pessoa e que aquele lance aconteceu devido ao "calor do jogo".

4 comentários:

Anónimo disse...

Tanta prosa pra dizeres...outra vez, nada! Já começa a chatear essa tua mania de te armares ao saramago, deixa-te de tangas e escreve só o necessário, qué pra gente não se enfadar, carago!

Sim, sim, quem é boa pessoa é aquele rapaz alto e não loiro que lá tens na defesa...!

David Caetano disse...

Sinceramente dou-te os meus parabéns. Nunca pensei que passasses da 1ª linha de texto. Tás lá! :)

Anónimo disse...

e o rabinho...tá melhor? quem é amigo, quem é? ;)

David Caetano disse...

Típico de mentes pequenas: à falta de resposta à altura vem a boquinha fácil com calão e a costumeira referência homossexual. Não dá mais que isso?

(PS - sim, optei por deixar ficar esse comentário, tu é que ficas mal visto não sou eu ;) )