Mais turbulenta seria a transição para a nova época de 2011/2012, com a mudança de treinador e os problemas que afectaram o plantel, levando a uma precoce eliminação da Liga dos Campeões.
Janeiro
O ano não começou da melhor maneira. Uma derrota por 1-2 no Dragão frente ao Nacional colocou praticamente o FC Porto mais uma vez fora da Taça da Liga, facto confirmado mais tarde , curiosamente no jogo que fechou o mês, com um empate em Barcelos, diante do Gil Vicente embora com uma equipa do FC Porto bastante alternativa. Pelo meio, 6 vitórias em outros tantos jogos, contra Marítimo, Naval, Beira Mar e Nacional, e ainda Pinhalnovense para a Taça de Portugal e Beira Mar para a Taça da Liga.
O jogo e o golo
Na ressaca da derrota com o Nacional para a Taça da Liga, a primeira derrota da época, o FC Porto recebeu o Marítimo em jogo a contar para o campeonato e mostrou que o resultado anterior havia sido aquilo que se sabia: um acidente de percurso.
Aos 36 minutos da primeira parte, com o resultado ainda em branco, Emídio Rafael combinou com Varela na esquerda, este tocou para o meio e para trás para Fredy Guarín que encheu o pé e disparou um míssil que só acabou dentro da baliza de Marcelo Boeck. Este golo acabaria por correr Mundo naquele que seria, senão o melhor, um dos melhores golos do ano!
O melhor
A reacção à primeira derrota foi categórica, com uma goleada aplicada ao Marítimo no Dragão.
As exibições e os golos de Emídio Rafael, de pedra e cal na esquerda.
O pior
Dois resultados negativos na Taça da Liga que ditaram a eliminação do FC Porto, na forma como aconteceram, mostraram que este troféu não está mesmo na prioridade dos dragões.
A lesão grave de Emídio Rafael no jogo contra o Gil Vicente, que atirou o defesa-esquerdo para o estaleiro até ao fim da época numa altura em que este tinha conseguido afirmar-se como titular.
Fevereiro
Se o mês de Janeiro começara e acabara mal, o de Fevereiro não podia ter também começado da pior maneira com o FC Porto a receber e a perder em casa com o Benfica nas meias finais da Taça de Portugal por 0-2. Uma falha de concentração de Maicon marcou o jogo logo nos primeiros minutos e 20 minutos depois o golo de Javi Garcia deu a necessária tranquilidade ao Benfica para gerir o resultado. Este resultado também serviu para mostrar a têmpera de Jorge Jesus que, se na derrota inesquecível por 5-0 no Dragão justificou o resultado com a incapacidade de David Luiz em cumprir o que lhe havia sido pedido e não com a superioridade mais que evidente do FC Porto, já neste jogo bradou aos céus uma suposta superioridade táctica do Benfica como garante da vitória. Este resultado teve contudo o condão de animar as hostes benfiquistas numa época que estava a ser, a todos os títulos, desastrosa.
Neste mês o FC Porto voltaria a conhecer o sabor da derrota ao perder em casa com o Sevilha num jogo com uma arbitragem miserável de Howard Webb que consentiu o jogo violento dos andaluzes e deixou os adeptos azuis e brancos à beira de um ataque de nervos. Ainda assim, esta derrota injusta não impediu o FC Porto de passar aos oitavos de final da Liga Europa, fruto da vitória na primeira mão em Sevilha, cidade-talismã, por 2-1.
Pelo meio 3 vitórias para o campeonato em 3 jogos, contra Rio Ave, Braga e Olhanense.
O jogo e o golo
Em Sevilha, o FC Porto enfrentou aquela que era a equipa tida como mais complicada que podia ter calhado em sorteio e que fora eliminada da Liga dos Campeões na pré-eliminatória pelo SC Braga após um jogo épico que culminou em 4-3 para os minhotos.
No Sanchez Pizjuán, o FC Porto sobreviveu à sufocante fúria andaluz e chegou mesmo a colocar-se em vantagem por Rolando. No entanto o Sevilha recolocou o empate no marcador por Kanouté e fez o estádio acreditar que a reviravolta era apenas uma questão de tempo. Foi aí que Villas-Boas tirou o coelho Fredy Guarín da cartola e o colombiano estabeleceria o resultado final a 5 minutos do fim, golo que seria determinante, como se viu depois, para carimbar a passagem aos oitavos de final da Liga Europa.
O melhor
A continuação da série vitoriosa no campeonato com a vitória por 2-0 em Braga, com 2 golos de Otamendi, naquela que era a saída mais difícil do FC Porto para além da ida à Luz, e que elevou novamente os índices de confiança da equipa.
A passagem aos oitavos de final da Liga Europa em detrimento do Sevilha, um dos grandes de Espanha e o adversário mais complicado que poderia ter calhado ao FC Porto.
O pior
A derrota com o Benfica no Dragão para a Taça de Portugal foi encarada como o sentenciar da carreira azul e branca na prova. Depois se veria que isso seria apenas o primeiro capítulo de mais uma proeza fantástica da época 2010/11.
A injusta derrota com o Sevilha no Dragão com uma arbitragem inacreditável de Howard Webb.
Março
Um mês 100% vitorioso! Com vitórias para o campeonato diante do Guimarães, Leiria e Académica, o FC Porto cimentou a liderança em relação ao segundo classificado, aumentando a vantagem de 8 para 13 pontos. Na Liga Europa, outro confronto digno da Liga dos Campeões diante do CSKA de Moscovo que redundou na passagem dos dragões aos quartos de final da prova.
O jogo e o golo
Em Moscovo, o FC Porto enfrentou não só o CSKA local como ainda o "General Inverno" da Rússia. Num campo gelado, em condições extremamente difícil, o FC Porto confirmou a tradição e voltou a vencer com o golo a ser apontado por Fredy Guarín aos 70 minutos. Estavam abertas as portas dos quartos de final da Liga Europa, mais uma vez à bomba!
O melhor
Um mês só de vitórias que elevou para 12 o número de vitórias consecutivas no campeonato e colocou o FC Porto à beira do título... antes do jogo com o Benfica.
As duas vitórias diante do CSKA que garantiram o apuramento para os quartos de final da Liga Europa
O pior
Que se pode dizer num mês assim? Devia ter havido mais jogos?
Continua...
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