sexta-feira, março 25, 2011

Paulo Futre apresenta revolução no Sporting (Vídeos)

Enquanto não voltamos ao que interessa, eis um vídeo para descontrair, isto é, para ficarmos preocupados, que anuncia a revolução do futebol sportinguista que, já na próxima época, promete justificar a construção do aeroporto em Alcochete, dado o estabelecimento de uma verdadeira ponte aérea entre as principais cidades do extremo Oriente e Lisboa, recuperando a imagem romântica da ponte aérea da Berlim cercada do início da Guerra Fria mas com chineses no lugar de mantimentos.






Espero que não me levem a mal se eu disser que me estou a sentir terrivelmente tentado a fazer-me sócio do Sporting só para votar na lista do Dias Ferreira. Prometo que depois deixo de pagar as quotas.

terça-feira, março 15, 2011

U. Leiria 0 x 2 FC Porto - Portas do título foram abertas à bomba!

Se após a passadeira vermelha que na última jornada desde Braga se estendeu, ficou no ar a cada vez maior proximidade da tão ansiada recuperação do título nacional, esta jornada dissipou todas as dúvidas. Num terreno algo difícil e contra uma equipa que se fechou no seu meio campo, procurando, antes de tudo, lutar pelo empate, foi necessária mais uma bomba de Fredy Guarín para abrir caminho para mais uma vitória e escancarar as portas do título. Faltam duas vitórias!

Depois da desistência anunciada do título por parte do Benfica, que, apesar de tanta conversa de "acreditar enquanto for matematicamente possível" apresentou a tal 2ª linha que se diz ser melhor que a do FC Porto, diante do Portimonense e conseguiu o empate com muita fortuna e um golo em falta à mistura, os dragões tinham ontem tudo para fechar de vez a discussão do título.

Pedro Caixinha optou desta vez foi menos ambicioso do que em ocasiões anteriores, afinal o Leiria já não tem os argumentos ofensivos que tinha na 1ª volta, e fechou a sua equipa no meio campo defensivo, procurando dificultar ao máximo a tarefa do FC Porto e apontando ao empate.

O que é certo é que o Leiria, salvo uma ou outra excepção na 2ª parte, foi inócuo no ataque mas o FC Porto, embora não tivesse espaços, foi também muito lento na primeira parte, ajudando com isso a tarefa defensiva do Leiria. Ainda assim, o FC Porto conseguiu por várias vezes incomodar Gottardi que foi defendendo tudo o que ia à baliza.

Foi também neste período que Cosme Machado também fez questão de brilhar, em 2 lances de falta sobre Belluschi na área leiriense, não assinalando as grandes penalidades como se impunha. Terá sido provavelmente para evitar mais polémica que deu por terminada a 1ª parte ainda antes dos 45 minutos.

Na segunda parte, Villas-Boas voltou a fazer sentir o seu dedo. O FC Porto surgiu mais afoito no ataque e a criar mais espaços mas seria a entrada de James por troca com Varela a fazer pender em definitivo o domínio total do jogo pelo FC Porto.

O colombiano dinamizou (mais uma vez) o ataque azul e branco da melhor forma, tanto pelas suas acções individuais, como pelos passes a rasgar a defesa do Leiria. Um verdadeiro craque! Seja como for, qual verdadeiro jogador-talismã, 3 minutos depois do jovem colombiano ter entrado, seria outro colombiano a brilhar com mais um grande remate.

Guarín mostrou o porquê da sua importância e, como já tinha acontecido diante do CSKA, foi ele a desbloquear o resultado, fazendo uso da sua invulgar capacidade de remate.


Percebeu-se logo que o Leiria pouco ou nada teria ainda a dizer neste jogo mas, curiosamente, foi logo após o golo do Porto que os da cidade do Lis tiveram a sua melhor oportunidade. Maicon ficou muito mal na fotografia, mostrando a sua persistente inconstância exibicional, alternando entre o muito bom e o muito mau, com falhas comprometedoras que acabam por sujar tudo o que de bom faz. A forma como o avançado leiriense brincou com Maicon neste lance é extremamente redutora para o brasileiro.

Finalmente, quando já todos esperavam o final do jogo (mais) um raide de Hulk resultou, finalmente, num penalty a favor do Porto que o próprio brasileiro converteu no 2-0 final. Ao longo do jogo e embora não tenha sido feliz no capítulo do remate, o Incrível foi sempre inconformado e correu quilómetros.


A nota de destaque deste jogo vai para... Fernando Belluschi, sem dúvida o homem do jogo! Grande jogatana do argentino ao qual faltou o golo para ser a cereja no topo do bolo. Rematou, jogou, fez jogar, sofreu 2 faltas para penalty e teve passes soberbos, um deles para Falcao que só não deu golo porque Gottardi, mais uma vez, saiu bem da baliza e tapou o ângulo ao colombiano.

Todas as baterias apontam agora para o jogo de Quinta-feira, diante do CSKA que poderá carimbar, como todos desejamos, a passagem aos quartos de final da Liga Europa, prova onde todas as casas de aposta dão o FC Porto como favorito à vitória final, à frente do Liverpool, Villareal e Dínamo de Kiev.

Quanto ao título... faltam duas vitórias e uma delas poderá - porque não?- acontecer daqui a duas jornadas na Luz, onde a equipa local fará do quebrar da invencibilidade do FC Porto na prova o seu campeonato.

Fotos: UEFA

quarta-feira, março 09, 2011

Recordações do CSKA x FC Porto - Parte II

Em 2006/2007, duas épocas após o seu primeiro encontro, o FC Porto e o CSKA de Moscovo voltaram a encontrar-se na Liga dos Campeões.

O FCPorto entretanto recuperara a primazia futebolística em Portugal com a obtenção da dobradinha na época anterior, conduzido pelo polémico holandês Co Adriaanse, que armou a equipa num arrojado 3-3-4 que produzia um futebol extremamente atractivo, mas cujo feitio difícil levou à sua dispensa no início da segunda época.

Para o seu lugar, vindo de apenas algumas semanas de trabalho no Boavista, chegou o professor Jesualdo Ferreira, que deixara boa imagem em Braga.

No sorteio dos grupos da Liga dos Campeões, que ineditamente contava com 3 equipas portuguesas (FCP, SCP e SLB), o FC Porto ficou colocado no grupo G, juntamente com o atrás referido CSKA de Moscovo, para além do Arsenal e do Hamburgo. (Ver a compilação de todos os jogos desse grupo aqui).

Tal como acontecera em 2004/2005, o primeiro jogo foi precisamente contra o CSKA no Dragão e o resultado voltou a ser um empate a 0 golos, pese embora o domínio do FC Porto conduzido por um jovem jogador que enchia o campo: Anderson. Foi aliás do brasileiro a melhor oportunidade do jogo, com um estrondoso remate ao poste, mesmo apertado por um defesa contrário.

Nesse primeiro jogo, o FC Porto alinhou com:

Guarda-redes: Helton
Defesas: Pepe, Bosingwa, Bruno Alves e Ezequias;
Médios: Lucho, Anderson e Paulo Assunção;
Avançados: Tarik, Adriano e Quaresma
Jogaram ainda: Lisandro, Alan e Postiga

Como também tinha acontecido em 2004/2005, o FC Porto viajou em seguida para Inglaterra, perdendo com o Arsenal por 2-0. Contudo, ao contrário dessa época, o FC Porto venceu sem apelo nem agravo os dois jogos seguintes contra o Hamburgo, 4-1 no Porto e por 3-1 na Alemanha.

O FC Porto viajou para Moscovo na penúltima jornada do grupo G em 3º lugar do grupo, com os mesmos 7 pontos do Arsenal, que ia ao Dragão na jornada seguinte, atrás do líder do grupo que era precisamente o CSKA com 8 pontos.

Sabendo de antemão que o Arsenal não deveria ter problemas em bater o Hamburgo em Londres, o FC Porto via-se obrigado a pontuar, isto para não correr o risco de se ver relegado para o 3º lugar, sendo "despromovido" à Taça UEFA.

A 21 de Novembro de 2006, o FC Porto não só pontuou como o conseguiu vencendo o jogo por 2-0, com golos de Quaresma, logo a abrir o jogo, e Lucho Gonzalez. Nesse jogo o FC Porto alinhou com:

Guarda-redes: Helton
Defesas: Pepe, Bosingwa, Fucile, Bruno Alves
Médios: Lucho, Raul Meireles e Paulo Assunção
Avançados: Lisandro, Quaresma e Helder Postiga
Jogaram ainda: Jorginho, Alan e Bruno Moraes

Depois deste jogo, um empate bastava tanto ao Arsenal como ao FC Porto para seguirem em frente e foi precisamente isso que aconteceu no Dragão, com uma igualdade a 0 golos na última jornada, ficando na retina os dois remates ao poste por Ricardo Quaresma. Ainda assim, de Hamburgo vieram boas notícias, já que a equipa local conseguiu os seus únicos 3 pontos na prova ao baterem o CSKA por 3-2.

Sendo apurado em 2º lugar, com os mesmos 11 pontos do Arsenal, o FC Porto viria novamente a cair na fase seguinte, desta vez aos pés do já conhecido Chelsea de José Mourinho, com uma igualdade 1-1 no Dragão e uma derrota por 1-2 em Londres, apesar de ter ainda assim marcado primeiro nesse jogo.


Amanhã esperamos um Porto forte e personalizado, como nos tem habituado a equipa de Villas-Boas, para cumprir a (boa) tradição dos jogos na Rússia. O FC Porto tem a vantagem de jogar em casa a 2ª mão para, desta forma, poder ainda rectificar um eventual mau resultado, ou confirmar o apuramento, se tudo correr como desejamos.

Acima de tudo, é importante que os adeptos estejam com a equipa, para a apoiarem de princípio ao fim. Vamos a eles!

Recordações do CSKA x FC Porto - Parte I

O FCPorto reencontra amanhã um "velho conhecido" das lides da Liga dos Campeões, competição onde os clubes jogaram entre si 4 vezes, com o FC Porto a sair favorecido do confronto com os russos:

2 vitórias (em Moscovo);
2 empates (no Porto);
3-0 em golos (McCarthy, Quaresma e Lucho)

O primeiro jogo entre as duas equipas aconteceu na edição de 2004/2005 da Liga dos Campeões, com o FC Porto a defender o estatuto de detentor do título e a atravessar o turbulento processo de reestruturação que se seguiu a essa magnífica conquista, que levou praticamente à renovação completa da equipa, que agora era comandada pelo aragonês Victor Fernandez que acabaria por sair, apesar de ter vencido a Taça Intercontinental, substituído pelo actual director/treinador do Sporting José Couceiro.

No sorteio, por capricho do destino, o FC Porto ficou colocado no grupo do Chelsea, onde se estreava José Mourinho, transferido dos dragões para o clube de Abramovich após duas épocas e ouro no Porto, do CSKA de Moscovo e do Paris Saint-Germain.

O primeiro jogo foi precisamente contra os moscovitas no Dragão, tendo-se saldado por uma decepcionante igualdade a 0 golos.

No FC Porto alinharam:

Guarda-redes: Baía; Defesas: Seitaridis, Pepe, Jorge Costa e Areias;
Médios: Costinha, Maniche, Diego e Carlos Alberto;
Avançados: Quaresma e Postiga.
Jogaram ainda: Hugo Leal; Luís Fabiano e Benny McCarthy.

Após este empate, seguiram-se duas derrotas, uma por 3-1 em Londres e outra por 2-0 em Paris (com um golo de Pauleta) e o apuramento começava a tornar-se uma miragem. Para piorar as coisas, o PSG conseguiu também vir empatar 0-0 no Dragão. Assim, o FC Porto foi a Moscovo com 2 derrotas e 2 empates, com 1 golo marcado e 5 golos sofridos no pecúlio.

Nessa noite de 24 de Novembro de 2004, com temperaturas negativas e com o relvado completamente coberto de gelo, o FC Porto alinhou com um onze substancialmente diferente do primeiro jogo, fruto também da dificuldade de Fernandez em estabilizar a equipa:

Guarda-redes: Nuno Espírito Santo;
Defesas: Jorge Costa, Pedro Emanuel, Seitaridis e Ricardo Costa;
Médios: Bosingwa, Costinha e Maniche;
Avançados: Derlei, Quaresma e Benny McCarthy.
Jogaram ainda: Pepe, César Peixoto, Hugo Almeida

Mostrando já a tradicional resistência ao frio e ao gelo, o FC Porto conseguiu uma grande vitória por 1-0, com o golo a ser apontado pelo sul-africano Benny McCarthy à passagem da meia hora.




Este resultado seria um incentivo importante para o outro grande feito da jornada seguinte, a última, que seria a vitória no Dragão diante do Chelsea por 2-1, numa grande exibição que o 0-1 de Damien Duff, logo na primeira parte, ajudou a engrandecer. A reviravolta seria consumada pelos golos de Diego e Benni McCarthy, este já no final da partida.

Com este resultado, o FC Porto acabaria por ultrapassar o Paris Saint-Germain na classificação, que ao mesmo tempo, perdia no Parque dos Príncipes com o CSKA por 1-3, quedando-se no 2º lugar e garantido o apuramento para a fase seguinte.

Infelizmente, nos oitavos-de-final, o FC Porto seria eliminado pelo Inter de Milão, após um empate a 1 golo no Dragão e uma derrota por 1-3 em Milão.

Quanto ao CSKA, os moscovitas foram relegados para a Taça UEFA e acabariam por fazer história ao chegarem à final na qual, em pleno Estádio de Alvalade, derrotaram o Sporting CP por 3-1, conquistando o troféu.

Porque uma história tem sempre dois lados, eis o outro lado do Braga x Benfica...

(ADENDA 14:00 - A partilha do vídeo foi desactivada. Podem vê-lo clicando aqui)

... que a comunicação social "especializada" não faz questão de promover da mesma forma como a peregrina ideia de que Javi Garcia não agrediu ninguém.



Há algumas situações com que não concordo no vídeo, como a suposta falta de Maxi sobre Ukra na área, e que no meu entender o árbitro ajuizou bem. Quanto à entrada de Maxi sobre Helder Barbosa, que dizer? Foi à Maxi! Agora, o que poderia ter dado direito a um cartão de outra cor foi aquela pisadela de Airton a Ukra, muito semelhante a uma outra de David Luiz a Sapunaru no jogo da Supertaça de início desta época. Lembram-se?

Obtido ali no Dragão Até à Morte com a devida vénia.

terça-feira, março 08, 2011

Ainda o jogo entre o Benfica e o Braga: Imagens dão razão a Jorge Jesus


Esperem lá... acho que me enganei na cassete... Aqui o Jesus ainda era treinador do Braga e isto foi no jogo do Braga na Luz em que o David Luiz marcou um golo irregular que deu a vitória à equipa da casa e que o defesa central brasileiro mais tarde descreveu como sendo o golo mais bonito da sua carreira. Peço desculpa pelo equívoco.

O verdadeiro Có-Có-Ró-Có

Ensaio sobre a cegueira benfiquista

Desde anteontem, um surto de cegueira tem vindo a afectar cada vez mais o universo benfiquista. As primeiras informações indicam uma relação directa entre uma prévia crise aguda de amargura e desilusão, associado a uma base prévia de clubite aguda, e a cegueira posterior.

Esta cegueira é ainda alimentada pela propaganda transmitida pelo pasquim oficial da Instituição, o pasquim A Bola, que no dia de ontem saiu às bancas com uma 1ª página simplesmente inacreditável, estabelecendo o padrão da mais pura desonestidade intelectual.

Torna-se assim fácil para Luís Filipe Vieira e os seus asseclas implementarem com sucesso uma táctica que passa simplesmente por repetir tantas e tantas vezes a mesma coisa que ela acaba por se tornar verdade, pelo menos para os seus adeptos, que com a clarividência toldada pela frustração, engolem tudo o que lhes põem à frente sem pensar e ainda se inclinam de forma reverente.

Dizer que Javi Garcia nada fez para ser expulso é, e volto a referi-lo, a mais pura desonestidade intelectual e uma afirmação cobarde. Nas imagens vê-se claramente o espanhol a dar uma palmada no peito de Alan sem necessidade nenhuma, naquilo que em todo o lado constitui uma agressão. Em todo o lado menos, claro, na cabeça dos benfiquistas. Pode-se discutir depois se era falta contra o Benfica ou a favor mas... onde andam agora aqueles benfiquistas que, em situações de faltas que não eram a favor do Benfica e que resultaram em golo, vieram céleres justificar-se com "a falta é um lance, o que se seguiu é um lance completamente diferente"? Veja-se o exemplo do lance do golo com que derrotaram o FC Porto na Luz no ano passado...

Curioso é que não se tenha ainda ouvido Javi Garcia acerca deste lance mas apenas Jesus, Vieira e outros que tal, sendo que Jesus refere que não houve "agressão voluntária" (sic). Ou seja, houve agressão mas não foi voluntária. Isto é um excelente argumento de defesa para qualquer jagunço que aplique um soco em alguém. Pode sempre dizer que foi sem querer. É óbvio que depois Alan tira partido da situação, tal como Carlos Martins tirou quando foi atingido de raspão por um objecto atirado das bancadas mas que felizmente não resultou em nada de grave pois, instantes após ter rebolado sobre o chão como um peixe recém-pescado, já estava de pé como se nada se tivesse passado.

Por outro lado, ao longo de toda a confusão que se seguiu até ao cartão vermelho, viu-se muita coisa mas não se viu, em momento algum, Javi Garcia a protestar contra a expulsão. Apenas manteve um semblante de resignação mesmo quando o árbitro ainda não lhe tinha exibido o cartão vermelho.

Verdade seja dita, Javi Garcia já deveria ter sido expulso no jogo anterior quando, de forma suja e cobarde, atingiu Helder Postiga que estava caído no chão. Mas, esse é o tipo de lances dos quais não se fala nem se deve falar... até que fique a ideia de que nunca existiram. Porquê? Porque o Benfica tem obrigatoriamente que ser roubado e nunca beneficiado. E quem diz esse, diz a cotovelada de Coentrão num jogador do Marítimo no jogo que a Instituição ganhou in-extremis, como tem vindo a acontecer nos últimos tempos, ou por exemplo a primeira entrada de Maxi Pereira no jogo contra o Guimarães, onde atinge deliberadamente com a mão a cara de um adversário caído no chão. Não se lembram deste lance nem viram nada escrito acerca dele em lado nenhum? Pois... lá está!

Hoje, faz-se eco no veículo de propaganda oficial -a Bola pois claro!- da indignação do Benfica relativamente a várias situações no jogo de Braga nomeadamente em relação ao comportamento do speaker, a alegados empurrões que terão sofrido junto aos balneários e ainda os objectos atirados para o campo. Curiosas queixas vindas de quem tem um estádio no interior do qual acontecem agressões e empurrões por "jagunços", como diz o Vieira, onde o clube é multado por uso indevido do sistema de som durante o jogo, como aconteceu no último jogo contra o Marítimo, e onde há adeptos que invadem o terreno do jogo para ir dar "mimos" aos árbitros assistentes.

Foram os árbitros que provocaram os frangos do Roberto ou a demora na adaptação de Sálvio e Gaitán, dois jogadores fundamentais no Benfica? Já agora, foram os árbitros que levaram à utilização intensiva destes jogadores sem rotação, de tal forma que, chegaram a esta altura da época presos por arames e a contas com lesões de esforço, isto após uma série de jogos que o Benfica só conseguiu vencer in-extremis?

Já agora, quando é dado a conhecer o castigo a Jorge Jesus pela agressão (voluntária ou involuntária?) a Luis Alberto do Nacional? Será em Junho?


O Benfica foi roubado e o Porto beneficiado?

Curiosamente, sempre que o Roberto dá frangos, os árbitros roubam o Benfica. Deve ser para agravar o cenário já por si bastante negro, naquilo que é um exercício do mais puro e impiedoso sadismo.

A lavagem cerebral da massa adepta benfiquista foi de tal ordem que já ninguém se consegue lembrar do ambiente de cortar à faca que se viveu na Luz nas primeiras jornadas do campeonato, quando se suplicava já a dispensa de Roberto e se questionava como tinha sido possível dispensar Quim e pagar 8M€ por um frangueiro daquele calibre, quando já se discutia a continuidade de Jesus, as fracas exibições de jogadores fundamentais como Cardozo e David Luiz assim como o fraco nível de jogo exibido pelo Benfica, a anos-luz do que tinha acontecido na época anterior.

Depois, quis-se passar a ideia de que o FC Porto tinha sido beneficiado, mas sempre evitando referir o jogo da Supertaça, curiosamente... um jogo onde ficaram por mostrar 3 ou 4 vermelhos a jogadores do Benfica. Mas pronto, ninguém fala nisso. Não convém.

Referem pois o jogo contra o Naval na 1º jornada, alegando que não há penalty e as imagens provam-no sem sombra de dúvida. Serão os mesmos especialistas de análise que não conseguem ver a agressão de Javi a Alan? O que omitem foram as entradas brutais de jogadores da Naval que, pelo meio, conseguiram mandar Guarín para o estaleiro durante algumas semanas após uma entrada assassina ao tornozelo do colombiano. Já agora, também não convém referir um penalty que ficou por marcar anteriormente a favor do Porto, isto porque o Porto não pode ser prejudicado mas apenas beneficiado.

Ainda se fala no Rio Ave x FC Porto, reclamando penalty não assinalado por falta de Álvaro Pereira sobre Tarantini. Efectivamente houve falta e era penalty. O que não se refere em lado algum é que o lance do Rio Ave começa com um fora-de-jogo claríssimo não assinalado que resulta num ressalto que acaba por ser aproveitado pelo Tarantini. "Ah e tal, era outro lance...". Pois sim.


Depois, outro dos cavalos de batalha da nação benfiquista é o Guimarães x FC Porto, jogo onde se reclama a não marcação de um penalty contra o FC Porto por falta de Fucile sobre Edgar. Se o critério for aquele que foi seguido no recente Benfica x Sporting, segundo o qual, quando dois jogadores se agarram em simultâneo, se deve marcar falta da forma que mais interessar ao Benfica, então sim, ficou penalty por assinalar. Não se fala contudo da expulsão mais tarde perdoada a Edgar num jogo onde o FC Porto acabou reduzido a 10 por expulsão de Fucile, isto num estádio onde o FC Porto já se habituou a ser prejudicado.

O mais caricato é que mesmo no jogo que fica na história deste campeonato, o jogo dos 5-0 ao Benfica, o FC Porto foi prejudicado quando o árbitro não assinalou um penalty contra o Benfica por mão ostensiva de Sálvio e depois pela não expulsão de Maxi Pereira (jogador que só vê metade dos amarelos que devia) quando, já com um cartão amarelo, pontapeou de forma descarada uma bola para a bancada quando já havia sido assinalada reposição a favor do Porto.

segunda-feira, março 07, 2011

NOJEIRA

Decididamente, o diário "A BOLA" mete-me NOJO não só por esta capa que constitui um verdadeiro atentado à inteligência mas por toda a campanha vil e rasteira que tem feito ao longo desta época, tornando-se mensageira privilegiada do Benfica.

Dizer que Javi Garcia não acertou deliberamente uma palmada em Alan é revelador de uma descomunal desonestidade intelectual e o assumir (se ainda fosse preciso mais) de que aquilo que se pratica pela redacção deste periódico é tudo menos jornalismo.

Ninguém disse contudo que o espanhol foi expulso com um jogo de atraso depois do pontapé na cabeça de Helder Postiga, que estava caído no chão, no recente jogo para as meias-finais da BWin. Sendo expulso, não poderia ter marcado o golo da vitória do Benfica. Duplo benefício, portanto. Mas quando é que a Bola alguma vez admitirá os casos em que o Benfica é beneficiado?

Arrisco dizer que será quando as galinhas tiverem dentes e os testículos do director d'A Bola deixarem de estar nos bolsos de Luís Filipe Vieira e restantes Ayatollahs, líderes espirituais da nação vermelha.

FCPorto 2 x 0 V. Guimarães - Dragão em Sábado Gordo

O FC Porto recebeu e venceu o Vitória de Guimarães por 2-0, dando (mais) um passo decisivo rumo ao título. Sem Hulk e com um Belluschi a ser uma sombra de si próprio, os dragões tiveram muitas dificuldades em furar a muralha minhota montada por Manuel Machado. Villas-Boas voltou a ser certeiro nas substituições e, com uma grande segunda parte, os dragões asseguraram mais 3 pontos e ficaram mais perto do tão ansiado título.


Ao contrário do que fizera, por exemplo no Estádio da Luz, o Vitória apresentou-se no Dragão com uma postura extremamente defensiva, preocupada sobretudo em fechar os caminhos da baliza e não em procurar discutir o resultado. Apesar de tudo, foi precisamente o Guimarães que criou a primeira ocasião de perigo do jogo, logo nos primeiros segundos, ocasião que Helton resolveu com uma defesa de recurso e que seria também a única ocasião dos minhotos.

Quem também cedo mostrou serviço foi Jorge Ribeiro que fez questão de demonstrar às pernas de João Moutinho a qualidade dos seus pitons, imitando aquilo que o seu irmão Maniche havia feito no empate do FCPorto em Alvalade. Tal como o irmão livrou-se da expulsão mas este não se livrou do amarelo.

Sem poder contar com Hulk e com Belluschi muito desconcentrado no capítulo do passe, o FC Porto encontrou muitas dificuldades para resolver os problemas criados pela equipa de Manuel Machado. Varela, Falcao e James bem procuraram a sua sorte mas, fosse por falta de pontaria, fosse por um punhado de boas defesas de Nilson, o golo não apareceu.

Na segunda parte Villas-Boas não esperou muito para alterar o figurino da equipa. Logo aos 55', fez finalmente sair Belluschi, vendo que não havia maneira do argentino pegar no jogo, fazendo entrar Guarín. Esta alteração foi fundamental para o FC Porto ganhar ascendente no meio-campo, fruto da pujança física e da técnica do colombiano. Pouco depois, seria a vez de Cristian Rodriguez entrar por troca com Varela, que tarda em encontrar o caminho das suas melhores exibições embora tenha sido muito esforçado neste jogo.

Pouco depois da entrada do uruguaio, com James a ficar mais solto na frente, o FC Porto conseguiu finalmente quebrar a barreira defensiva vitoriana, graças a um grande passe do jovem colombiano que deixou Falcao, que fugiu bem à marcação de N'Diaye, na cara de Nilson. Desta vez, o matador não perdoou e inaugurou mesmo o marcador, finalizando uma jogada que acabou por ser simples, passando por 4 jogadores: Helton, Rolando, James e Falcao.

Finalmente Machado meteu um ponta-de-lança, Edgar, jogador que passou sem sucesso pelo FC Porto por empréstimo, mas o figurino do jogo não se alterou.

O marcador só voltaria a mexer já em tempo de descontos para o 2-0 final, da autoria de Cristian Rodriguez a finalizar um grande contra-ataque, mas os dragões ficaram a dever a si próprios não terem conseguido um resultado mais volumoso, dadas as oportunidades desperdiçadas.

Uma palavra especial para o "Cebola" que, finalmente, conseguiu o golo que tanto procurava e que pode ser um grande tónico para motivar o jogador para as batalhas que faltam até ao final do ano. Desde que foi assolado por lesões sistemáticas, desapareceu aquele explosivo jogador que caiu no goto dos adeptos na época da estreia. Felizmente pode ser, ainda esta época, um grande reforço!

Uma última nota para Jorge Sousa. Neste jogo deixou-se iludir por simulações de Renan, ficando por aplicar a respectiva sanção disciplinar e expulsou bem N'Diaye. No entanto, o lance mais grave aconteceu logo no início do jogo quando castigou Jorge Ribeiro apenas com o amarelo na entrada que o jogador (?) fez às pernas de Moutinho. Curiosamente, como já referi, foi um lance em tudo semelhante ao do seu irmão, Maniche, no jogo contra o Sporting em Alvalade, que redundou num empate com o golo do Sporting a ser marcado em lance precedido de fora-de-jogo, mais o tal lance da não expulsão de Maniche e ainda uma expulsão muito duvidosa de Maicon. Adivinhem quem era o árbitro... Pois sim! Jorge Sousa.


E no Dragão Caixa, o Eneacampeão mostrou serviço


Quem decidiu assistir ao jogo de hóquei entre o FC Porto e o Benfica antes do jogo de futebol contra o Guimarães, ficou decerto satisfeito naquilo que foi um autêntico Sábado Gordo.

Com o Benfica na liderança do campeonato, os Dragões sabiam que só a vitória servia e, de início ao fim, não facilitaram, acabando por repetir o resultado do jogo na Luz na primeira volta, vencendo por 7 x 5 num Dragão Caixa completamente cheio.

Para lá da vitória, o FC Porto igualou o Benfica no topo da classificação com 55 pontos, isto quando faltam 9 jornadas para o fim.

O Decacampeonato é nesta altura muito mais que uma miragem!