Em 2006/2007, duas épocas após o seu primeiro encontro, o FC Porto e o CSKA de Moscovo voltaram a encontrar-se na Liga dos Campeões.
O FCPorto entretanto recuperara a primazia futebolística em Portugal com a obtenção da dobradinha na época anterior, conduzido pelo polémico holandês Co Adriaanse, que armou a equipa num arrojado 3-3-4 que produzia um futebol extremamente atractivo, mas cujo feitio difícil levou à sua dispensa no início da segunda época.
Para o seu lugar, vindo de apenas algumas semanas de trabalho no Boavista, chegou o professor Jesualdo Ferreira, que deixara boa imagem em Braga.
No sorteio dos grupos da Liga dos Campeões, que ineditamente contava com 3 equipas portuguesas (FCP, SCP e SLB), o FC Porto ficou colocado no grupo G, juntamente com o atrás referido CSKA de Moscovo, para além do Arsenal e do Hamburgo. (Ver a compilação de todos os jogos desse grupo aqui).
Tal como acontecera em 2004/2005, o primeiro jogo foi precisamente contra o CSKA no Dragão e o resultado voltou a ser um empate a 0 golos, pese embora o domínio do FC Porto conduzido por um jovem jogador que enchia o campo: Anderson. Foi aliás do brasileiro a melhor oportunidade do jogo, com um estrondoso remate ao poste, mesmo apertado por um defesa contrário.
Nesse primeiro jogo, o FC Porto alinhou com:
Guarda-redes: Helton
Defesas: Pepe, Bosingwa, Bruno Alves e Ezequias;
Médios: Lucho, Anderson e Paulo Assunção;
Avançados: Tarik, Adriano e Quaresma
Jogaram ainda: Lisandro, Alan e Postiga
Como também tinha acontecido em 2004/2005, o FC Porto viajou em seguida para Inglaterra, perdendo com o Arsenal por 2-0. Contudo, ao contrário dessa época, o FC Porto venceu sem apelo nem agravo os dois jogos seguintes contra o Hamburgo, 4-1 no Porto e por 3-1 na Alemanha.
O FC Porto viajou para Moscovo na penúltima jornada do grupo G em 3º lugar do grupo, com os mesmos 7 pontos do Arsenal, que ia ao Dragão na jornada seguinte, atrás do líder do grupo que era precisamente o CSKA com 8 pontos.
Sabendo de antemão que o Arsenal não deveria ter problemas em bater o Hamburgo em Londres, o FC Porto via-se obrigado a pontuar, isto para não correr o risco de se ver relegado para o 3º lugar, sendo "despromovido" à Taça UEFA.
A 21 de Novembro de 2006, o FC Porto não só pontuou como o conseguiu vencendo o jogo por 2-0, com golos de Quaresma, logo a abrir o jogo, e Lucho Gonzalez. Nesse jogo o FC Porto alinhou com:
Guarda-redes: Helton
Defesas: Pepe, Bosingwa, Fucile, Bruno Alves
Médios: Lucho, Raul Meireles e Paulo Assunção
Avançados: Lisandro, Quaresma e Helder Postiga
Jogaram ainda: Jorginho, Alan e Bruno Moraes
Depois deste jogo, um empate bastava tanto ao Arsenal como ao FC Porto para seguirem em frente e foi precisamente isso que aconteceu no Dragão, com uma igualdade a 0 golos na última jornada, ficando na retina os dois remates ao poste por Ricardo Quaresma. Ainda assim, de Hamburgo vieram boas notícias, já que a equipa local conseguiu os seus únicos 3 pontos na prova ao baterem o CSKA por 3-2.
Sendo apurado em 2º lugar, com os mesmos 11 pontos do Arsenal, o FC Porto viria novamente a cair na fase seguinte, desta vez aos pés do já conhecido Chelsea de José Mourinho, com uma igualdade 1-1 no Dragão e uma derrota por 1-2 em Londres, apesar de ter ainda assim marcado primeiro nesse jogo.
Amanhã esperamos um Porto forte e personalizado, como nos tem habituado a equipa de Villas-Boas, para cumprir a (boa) tradição dos jogos na Rússia. O FC Porto tem a vantagem de jogar em casa a 2ª mão para, desta forma, poder ainda rectificar um eventual mau resultado, ou confirmar o apuramento, se tudo correr como desejamos.
Acima de tudo, é importante que os adeptos estejam com a equipa, para a apoiarem de princípio ao fim. Vamos a eles!
Fotos: Agência Reuters; O Jogo
1 comentário:
Há uma teoria que diz que não se deve voltar a um lugar onde se foi feliz. Essa teoria, no que diz respeito a Moscovo e ao CSKA, não se aplica ao F.C.Porto. O Dragão já foi feliz uma vez - 0-1, golo de B.Mc Carthy, em 2004 -, voltamos e fomos felizes outra vez - 0-2, golos de Quaresma e Lucho, em 2006 - e agora, quando voltamos pela terceira vez e como não há duas sem três, esperamos sair novamente da capital russa com um sorriso nos lábios. Não vai ser fácil, não porque está frio e até pode nevar, ou por causa do sintético... Ao frio já estamos habituados e pelo piso não é que o gato vai às filhoses, mas porque a equipa moscovita é boa, tem bons jogadores e está fresquinha. Assim e para manter a tradição, é necessário o Porto de gala, o melhor Porto, o Porto das grandes noites europeias, o Porto que, esta época e na Liga Europa e fora de casa, ainda não conheceu o travo amargo da derrota. Se esse Porto estiver no Luzhniki, acredito que podemos dar um passo importante no caminho para os quartos-de-final.
Um abraço
Enviar um comentário