Mudança de rumo?
Depois de uma decepcionante exibição em Coimbra, que redundou numa derrota por 3-0 diante da bem organizada Académica, não faltaram paineleiros a promover as exéquias da equipa do FC Porto. Eu próprio, confesso, fiquei algo pessimista em relação ao futuro próximo da nossa equipa já que se avizinhavam dois compromissos importantes: Shaktar para a Liga dos Campeões e SC Braga para o campeonato, ambos ossos duros de roer.
A resposta foi a melhor possível com duas vitórias importantíssimas a abrirem excelentes perspectivas na competição maior de clubes da Europa e a manterem o FC Porto na liderança do campeonato. Vendo as últimas duas exibições e comparando com o jogo de Coimbra, é caso para perguntar o que mudou de um jogo para os outros? Fundamentalmente a atitude dos jogadores!
Continuo a dizer que Vítor Pereira não é treinador para o FC Porto ou, se o é, isso ainda está para provar. A preocupação excessiva em dar o seu "cunho" à equipa, levou ao abandono das rotinas que caracterizavam o FC Porto avassalador da época passada. A fixação cega no 4-3-3 colocou muitas vezes o FC Porto em cheque. Parece agora que houve uma mudança para um 4-2-3-1 que redundou nas duas vitórias acima citadas, com Hulk a ser posicionado a ponta-de-lança. Por outro lado, também há que apontar algumas falhas na leitura do jogo e nas substituições que vai fazendo e que nada trazem ao jogo. Não concordo com a aposta continuada em Maicon como defesa direito (P. Emanuel soube explorar muito bem esse facto) e a inclusão de Hulk no eixo de ataque resulta bem em alguns jogos mas noutros já pode ser nocivo para o FC Porto.
MAS... com os jogadores que o FC Porto tem, a equipa deveria ser capaz de render algo mais em determinados momentos. O que falha então? A mentalidade de alguns jogadores que fizeram com que estivessem a léguas daquilo que já lhes vimos fazer. O puxão de orelhas presidencial após o jogo de Coimbra parece ter surtido efeito e, tenha ou não acontecido o falado compromisso entre jogadores, treinador e presidente, os resultados estão à vista.
Veremos agora nos próximos compromissos se a tendência é para manter e se na próxima Terça-feira, como todos esperamos, o FC Porto confirma o apuramento para a próxima fase da Liga dos Campeões e no Sábado deixa em Aveiro a boa imagem que não deixou nesse estádio contra o corajoso conjunto do Feirense.
Os assobiadores profissionais
O adepto do FC Porto é por norma um adepto mal habituado e que exige sempre um elevado padrão de qualidade no jogo e nos resultados da equipa. Épocas fantásticas como a última ajudam a fomentar esta exigência mas, por outro lado, fazem com que muitos adeptos esqueçam os caminhos difíceis que este clube já teve de percorrer e as várias frentes de luta em que teve de se envolver (e que hoje ainda enfrenta) para alcançar o estatuto de clube português de maior prestígio.
É legítimo ficar-se decepcionado com exibições recentes e eu próprio não fico nada contente mas fico furioso a sério quando vejo adeptos a darem-se ao trabalho de ir insultar e apupar a equipa quando ela mais precisa de apoio. É claro que a própria mentalidade portuguesa tem influência nessa atitude e é muito fácil ser adepto quando as coisas correm bem do que quando correm mal. Os portugueses são assim por natureza. Estão habituado a puxar pela sua equipa depois desta puxar por eles, mas haja bom senso!
Para apupar e insultar a equipa mais vale despirem a camisola azul e branca, que tantas boas memórias nos traz, e vestirem uma vermelha pois é essa que servem nesse momento.
Do camarada Valdemar ao festejo de Pedro Gil
Parece que o camarada Valdemar, a que alguns chamam jornalista para desprestígio da própria classe dos jornalistas, se viu em apertos após o jogo entre o FC Porto e o SC Braga, jogo em que o camarada Valdemar se fartou de maldizer o que viu e ainda de inventar mais umas quantas coisas que não viu, no cumprimento do seu já conhecido sentimento anti-portista.
Não sei se o camarada Valdemar levou mais ou menos bofetadas do que aquele senhor de sotaque brasileiro que, há uns anos e à frente de um agente da autoridade, levou umas bofetadas na sua chegada ao aeroporto da Portela por parte de um segurança que, de vez em quando, ao que parece, faz uns biscates em túneis, e que na altura escoltava um conhecido comerciante de pneus e empresário de construção civil, que ultimamente tem feito muito bons negócios em Espanha nessa área.
Não interessa para o caso nem sei se terá ou não as mesmas consequências judiciais que esse caso teve na altura. O que sei é que o camarada Valdemar acabou por colher, infelizmente da pior forma, aquilo que ele mesmo tem vindo a semear com elevado ânimo.
Noutra modalidade, numa notícia publicada ontem, a Bola Vermelha mostra que o seu empenho na propaganda vermelha continua ao mesmo nível da imaginação dos que infestam as instalações do diário. Desta vez viram num festejo do hoquista Pedro Gil uma manifestação de reivindicação de supostos pagamentos em atraso.
Ao ver as imagens fiquei também convencido disso pois vi na expressão de alegria efusiva de Pedro Gil uma expressão de alegria que só tem comparação com a alegria que tenho visto no rosto dos participantes das manifestações que têm acontecido por essa Europa fora.
Senhores "jornalistas", com franqueza...! Há locais e alturas próprias para se dedicarem à produção de ficção literária.
Nem um penalty artístico lhes valeu...
Ontem, o anunciado vencedor de todas as competições em que participava na corrente época sofreu um inconveniente dissabor ao perder com o Marítimo por 1-2, sendo eliminado portanto da Taça de Portugal e nem lhes valendo um penalty fantasma assinalado sem hesitação pelo camarada Paulo Baptista.
Fica no entanto desse lance o registo de um momento de rara beleza artística e também a confirmação de que, pelas bandas da Luz, o movimento de queda no relvado é trabalhado de forma assídua nos treinos. Vejamos os dois exemplos mais recentes:
Movimento 1: Nolito efectua um movimento de queda que lembra o estilo "tronco seco na floresta", deixando um sulco cavado no relvado com a perna direita em jeito de cedilha para acentuar o efeito estético do movimento. Nome de código "Manobra do Lavrador Andaluz".
Movimento 2: Artur efectua uma manobra de simulação da presença de um franco-atirador nas bancadas após indicação do melhor treinador do Mundo. Nome de código "Manobra Sarajevo".
1 comentário:
É preciso ter descaramento, e estar totalmente alienado da realidade, para não ver na demonstração do Pedro Gil um pedido em desespero de causa. Mas alguém com boa saúde mental ainda duvida de que existem atrasos graves nas modalidades? E parece que também no plantel principal. Andar a dormir não é bom para a saúde.
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