terça-feira, janeiro 10, 2006

Deep thoughts

A lesão do César Peixoto é, para mim, um daqueles casos em que um mal vem por bem, pois está mais que evidente que o recém-casado (como agora gostam de dizer) não serve, nunca serviu, nunca servirá, para fazer o lugar de defesa-esquerdo. O eslovaco Cech vinha a fazer bons jogos antes de ser subtraído à equipa sem porquês. Espero que agora a ordem seja reposta e espero que o César melhore rapidamente.

Contrariamente a opiniões de ilustríssimos co-dragões, não é a esquerda que me preocupa, mas sim a direita. Contratação fundamental é para o lugar de defesa direito, mais do que ir buscar o Miguelito. É perfeitamente inconcebível a situação em que nos encontramos. Falhámos o Kromkamp no verão, voltámos a dormir no posto no Inverno (mas não haverá soluções também cá no Portugalinho??), trouxemos um turco pesadão e a cumprir o Ramadão que pelos vistos desapareceu em combate, agora o lugar está entregue a esse talento inesgotável, até me faltam as palavras, que é o Ricardo Costa. E esta é já a segunda adaptação.
Isto parece coisa de clube amador.

O Pepe, depois do famoso espasmo cerebral contra o Sporting, retomou a evolução que vinha mostrando. É pena aqueles assomos teatrais que o fazem atirar-se para o chão mal sente o adversário nas costas - alguém o avise que para actor ele não tem jeito.
Quem tem estado um pouco abaixo do que fez a época passada é claramente o Pedro Emanuel (o meu Pedrão, pois aconteça o que acontecer, este homem tem a minha estima eterna), que diga-se também de passagem, já não vai para novo.
Se no próximo verão não arranjarmos um novo central jeitoso, perco definitivamente a minha paciência com os senhores da SAD. E já não resta muita.

Do meio-campo para a frente, é deixá-los jogar. Assunção, Lucho, Diego, Lisandro, Quaresma, é deixá-los jogar. Se tudo correr assim, se não houver anormalidades, se tudo for simples e natural, esta gente fará com que a equipa ganhe o campeonato. A relativa paz em torno do treinador Adriaanse, nas últimas jornadas, está relacionada com isso mesmo: encontrou-se e estabilizou-se um núcleo duro, que para já vai disfarçando as debilidades da equipa. Não obstante no jogo contra o Boavista ter parecido que vinham ainda preguiçosos das férias (um abuso, já agora), tenho fé neles. E na bancada, aquele que foi considerado o melhor jogador do mundo sub-17 observava aquele que Pelé um dia disse que iria ser melhor que ele próprio.

Na frente, estamos mal. Hugo Almeida esteve péssimo, o sul-africano depois de mais uns ziguezagues incompreensíveis lá foi para as Áfricas (e não precisas de voltar, pá!), o Bruno Moraes e o Sokota ainda estão a recuperar de lesões.
Reforços? Até agora nem vê-los.

Na baliza, Vítor Baía esteve normal. Não é preciso dizer mais que isto.

Finalmente, no que à imprensa e à comunicação em geral diz respeito, o nojo do costume. Mas que querem, depois do seriado venezuelano (no caso, abrasileirado) preparado pelo presidente do clube das galinhas da segunda circular durante a quadra natalícia, eu já fiquei vacinada para o que resta desta época 2005 / 2006.

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