segunda-feira, janeiro 10, 2011

FCPorto 4 x 1 Marítimo: Pressão? Tomem lá a pressão

De se lhe tirar o chapéu!

Depois da derrota contra o Nacional, o FCPorto segue invicto no Superliga, tendo vingado a derrota da Taça do Hermínio com um expressivo 4-1 ao Marítimo. Apesar da diferença de resultado em relação ao jogo anterior, importa reter que o FCPorto conseguiu precisamente o mesmo registo estatístico em termos de posse de bola, cantos e remates. O que mudou, então? A eficácia e a concentração defensiva que apenas falhou na marcação de uma falta que só Xistra viu. Contudo, na retina ficam o fabuloso golo de Guarín que, à bomba, desbloqueou o marasmo da primeira parte.

Pressão, quebra de rendimento, instabilidade interna, tudo isto se tinha instalado no seio do FCPorto após a derrota com o Nacional, isto a fazer fé no que a comunicação social e o incansável Jorge Jesus, agora transformado numa espécie de substituto do "iluminado" Jorge Gabriel como veículo de comunicação do Benfica para o exterior (a fragilização aumenta a manipulação), quiseram fazer crer. A tudo isto, o FCPorto respondeu de forma categórica, conseguindo uma vitória que não deixou qualquer margem de dúvida, com grandes golos (o de Guarín então...).

Com a primeira parte a ser jogada a um ritmo mais baixo, o FCPorto controlou desde o início as operações. Com Rafa novamente na esquerda e Sapunaru na direita, Villas-Boas optou por colocar Hulk no centro, apoiado por James na esquerda e o regressado Varela na direita. Ora se Hulk tem tendência a perder preponderância quando colocado no centro, o dinamismo dado nas alas pelo colombiano e pelo português ajudaram a manter sempre em respeito a defesa insular.

Foi necessário esperar até aos 37 minutos para assistir ao (primeiro) grande momento do jogo. Guarín encheu-se de fé e disparou a cerca de 37 metros da baliza inaugurando o marcador, deixando toda a gente, inclusive ele próprio, incrédulo. Até ao intervalo o resultado não se alterou, apesar de Moutinho (mais uma vez com uma exibição de grande classe!) ainda ter atirado ao poste.

Na segunda parte, o cariz do jogo foi outro. Embora mantendo o domínio, o FCPorto foi mais incisivo e mais rápido nas suas acções. James e Varela mantinham a sua dinâmica ofensiva e seria mesmo James a assistir Hulk para (mais) um grande golo, de fora da área, com a bola extremamente colocada.

Se todos pensaram que o jogo estaria decidido, Xistra tratou de dar mais emoção à partida. Num jogo onde até se estava a portar bem, o árbitro conseguiu ver uma falta contra o FCPorto num lance em que Sapunaru é pisado pelo adversário. Dessa falta resultou um cartão amarelo (!!!) e a lesão do romeno que acabou por ter de ser substituído. Ainda dessa falta resultou o golo do Marítimo numa desatenção do centro da defesa do FCPorto.

Com a lesão de Sapunaru, entrou Maicon e Otamendi derivou para a direita da defesa portista onde, mais uma vez, mostrou classe. Quanto mais vejo o argentino jogar mais aprecio o seu estilo de jogo. A seguir a Moutinho, Otamendi é a grande contratação do FCPorto.

5 minutos após o golo, Guarín ampliou mais uma vez a vantagem, tirando um defesa do caminho com uma finta de corpo e atirando colocado sem hipóteses para o guarda-redes adversário. Com confiança, Guarín é realmente outro jogador, e apesar de não ter a eficácia defensiva de Fernando, a equipa ganha mais agressividade e verticalidade. Quem se lembra agora do drama que era para Guarín jogar na posição de médio mais recuado quando chegou ao Dragão?

Até ao final, houve ainda tempo para o miúdo James marcar o golo que tanto procurou, após uma grande arrancada de Hulk que, numa atitude que não se vê muitas vezes, assistiu o colombiano para uma finalização fácil e para o resultado final de 4-1.

Saldo da 1ª volta

O FCPorto termina assim a primeira volta sem derrotas e com apenas 2 empates, obtendo 41 pontos em 45 possíveis, sendo que um dos empates foi o cedido em Alvalade, nas circunstâncias que se conhecem mas que os adeptos da "cassete" do choradinho não gostam de lembrar quando repetem, a quem os quiser ouvir, que o FCPorto está onde está graças às arbitragens.

Em termos de golos, o FCPorto tem, em simultâneo, o melhor ataque e a melhor defesa da Superliga com 36 golos marcados (mais 6 que o 2º classificado) e 6 golos sofridos, menos 7 que a segunda melhor defesa que pertence ao Olhanense.

Na época passada, no final da primeira volta, o FCPorto, com 31 golos marcados e 13 golos sofridos, era 3º classificado com 32 pontos, atrás de Benfica e Sp Braga, ambos com 36 pontos.

Assim, o FCPorto consegue, em relação à época anterior no final da primeira volta:

+ 9 pontos, + 5 golos marcados, - 7 golos sofridos.


Nesta altura, recorde-se, Hulk já havia sido suspenso na sequência dos tristemente célebres incidentes do túnel da Luz (onde até a águia Vitória se perdeu).


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