quarta-feira, março 08, 2006

Ainda o FCP x Nacional

Foi uma bela vitória do FCP embora sinceramente com um pouco de sorte: sorte de os avançados do Nacional terem falhado em situações muito perigosas para a baliza de Baía e por outro lado, houve também a sorte que não tem acompanhado os avançados do FCP, sobretudo naqueles jogos de festival ofensivo que depois não tem correspondência nos golos marcados.

Ainda assim, assisti a um claro salto qualitativo em relação a jogos anteriores (inclusive o último contra o 3º classificado), destacando-se a entrega e a mobilidade que os jogadores revelaram, talvez acusando o orgulho ferido devido à última derrota.

Houve tempo para tudo, até para estrear um jovem miúdo que foi acolhido como se do Messias em pessoa se tratasse. Há que ter calma pois Anderson tem apenas 17 anos e não se lhe pode pedir que seja um jogador decisivo nesta altura, quando ainda nem sequer está integrado quer no ritmo de jogo da Liga Betadine, quer no próprio plantel. Se há tanto desespero assim por um nº10, que se recupere Diego da melhor forma de modo a não prejudicar o jogador e a manter uma inegável mais valia no plantel.

Gostei de ver:
A forma como Baía foi acarinhado pelos adeptos e retribuíu com grandes defesas;
A monumental assobiadela com que foram brindadas as faixas e as próprias claques que, pelos vistos, não conseguem apoiar durante 90 minutos se não forem pagas para isso;
A atitude com que a equipa entrou em campo e a sua dinâmica em certas fases do jogo;
As exibições de Pepe (impressionante!), Lucho, McCarthy, Adriano, Bosingwa e Lisandro (intratável!);
Não gostei de ver:
A desorientação momentânea da equipa que fez com que o Nacional tomasse conta do jogo no início da 2ª parte. Vá lá que o 3º golo contribuiu para recuperar a concentração da equipa;
As perdas de bola de Ivanildo (apesar do esforço que deu origem ao 3º golo). Se os passes errados reflectem a juventude e inexperiência do jogador, as insistências em jogadas individuais têm de ser corrigidas;
As falhas defensivas que poderiam ter sido fatais. Há que corrigir os posicionamentos defensivos embora aqui eu admita que a falta de Paulo Assunção tenha sido determinante.

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