segunda-feira, fevereiro 28, 2011

De Sevilha a Olhão, o Dragão não cede

Depois de um jogo de sabor agridoce a meio da semana, onde podia ter goleado o Sevilha e acabou por perder 0-1, naquilo que foi saudado por muitos que desesperam em ver fragilidades no FCPorto com um sinal de quebra, os dragões foram a Olhão jogar contra uma equipa que ainda não perdera em casa. A classe portista fez a diferença e, com notas artísticas de grande nível pelo meio, os dragões trouxeram (mais) três pontos.

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O FCPorto deslocou-se a Olhão num contexto muito particular: vinha de uma derrota em casa a meio da semana diante do Sevilha e ia jogar contra uma equipa que em casa ainda não perdera, motivos aparentemente considerados suficientes para se instalar a euforia antecipada de que o FCPorto iria, desta vez, perder pontos.

Infelizmente, quando se pretende à força que as coisas sejam como nós queremos que sejam e não como elas efectivamente são, há uma tendência infeliz para se ignorar evidências e factos. Assim, preferiram ignorar o facto de que o resultado do jogo da última Quarta-feira foi uma das maiores injustiças da época. O FCPorto dominou em todos os aspectos do jogo o Sevilha e acabou por perder.

Prova disso são os 17 remates que o FCPorto fez, alguns deles através de jogadores que apenas tinham o guarda-redes pela frente, contra os 5 do Sevilha, que só aspirou virar o rumo da eliminatória quando, logo após um golo caído do céu, Álvaro Pereira foi expulso por uma entrada perfeitamente escusada mas só até o árbitro finalmente ter decidido expulsar um sevilhano. A este árbitro, que de forma feliz um comentador radiofónico classificou de “um antigo polícia que, pelo que vejo, devia passar poucas multas”, o Sevilha pode agradecer ter chegado ao fim do jogo com 10 jogadores e não com 8 ou 9. Seja como for, o objectivo principal foi assegurado: a passagem à fase seguinte para reencontrar o CSKA de Moscovo.

Em Olhão, cheirou a campeão

Em Olhão, o FCPorto enfrentou mais um duro teste às suas capacidades, defrontando a equipa local que ainda não havia perdido em casa. Com Falcao e Álvaro ainda não no seu melhor o FCPorto assumiu inicialmente uma atitude de controlo mas foi pouco acutilante no último terço do terreno.

Varela continua aparentemente a sua fase de menor fulgor e Hulk parece andar ansioso, como se o valor de ambos estivesse em causa. Contudo não se pode tirar a Hulk o mérito de ter sido quem mais agitou o jogo do FCPorto ao longo de toda a partida, especialmente na primeira parte.

Ao intervalo, perante o impasse no jogo, Villas-Boas mostrou mais uma vez a competência que se lhe conhece e mexeu –muito bem!- na equipa, fazendo entrar Fucile e James para o lugar dos menos fulgurosos Sapunaru e Varela. A partir daí o jogo mudou.

No reatamento o Olhanense ainda ameaçou mas Helton, sempre atento, mostrou segurança. Na frente, com James a “partir a loiça” e Fucile a alargar o jogo, Falcao começou a ter espaço e finalmente começou a mostrar-se.

image1 Foi no entanto Belluschi, com uma obra prima, quem finalmente conseguiu derrubar a muralha algarvia após boa jogada de James. Um golo que merece ser visto e revisto. Logo após este golo, seria a vez de Falcao confirmar o seu regresso com um golo também de excelente execução, embora menos espectacular que o do argentino, sentenciado o jogo.

Daí até ao final, após várias ameaças, Falcao acabaria por bisar após uma boa iniciativa de Hulk  (que merecia o golo pelo esforço que fez ao longo do jogo) que rompeu pela esquerda e na passada rematou, sobrando o ressalto no guarda-redes para o colombiano que bisou e, com isso, ultrapassou Cardozo e se aproximou de João Tomás na lista de melhores marcadores .

São portanto mais 3 pontos importantíssimos rumo ao título e ficam matematicamente a faltar 7 vitórias.

Fotos: Ilhas da Bruma – Açores; Record

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

Post dois em um a que não é necessário acrescentar mais nada. Está aí tudo.

Abraço