Cá estamos de volta após uma prolongada ausência para opinar sobre o dia-a-dia do FCPorto e para nos deliciarmos com os intrincados meandros do fascinante futebol nacional. A todos pedimos desculpa pela ausência.
Em Marienfeld, o FCPorto agora sob o comando técnico de André Villas-Boas, uma aposta corajosa e arriscada num jovem técnico metódico e ambicioso, prossegue a sua preparação, visando implementar o seu conceito de modelo de jogo.
Tenho altas expectativas relativamente ao trabalho de André Villas-Boas. Já anteriormente, quando ainda treinava a Académica, elogiei várias vezes o nível de jogo da Briosa, assente na posse de bola e na sua eficaz circulação. Promete pois ser uma rotura com o passado recente, no qual o FCPorto não sabia fazer gestão de posse de bola e assentava o seu modelo de jogo nas famigeradas "transições rápidas".
Também houve da parte da SAD um interessante investimento em contratações, sendo a mais sonante sem dúvida a de João Moutinho, várias vezes elogiado por Pinto da Costa nos últimos anos como "jogador à Porto". No entanto, outros nomes se perfilam como verdadeiros reforços em perspectiva como James (leia-se "Jámes" e não "Jeimes"), Souza e Ukra, um jogador em relação ao qual tenho elevadas expectativas. Infelizmente, Castro parece novamente fadado ao empréstimo... a não ser que convença de forma peremptória o técnico azul e branco. A concorrência no meio-campo será feroz.
Nos últimos dias chegou ainda Emídio Rafael, uma aposta pessoal de Villas-Boas, para integrar o leque de opções para o lado esquerdo da defesa. No entanto, tendo em conta o passado recente de defesas-esquerdos contratados à Académica (Lino, Ezequias,...), é uma contratação a encarar no mínimo com algumas reservas. É mais um jogador com escola do Sporting e que foi titularíssimo na Briosa na última época. A ver vamos.
Contudo, os verdadeiros reforços são sem dúvida Varela e Ruben Micael, recuperados das suas lesões e já integrados nos trabalhos com o restante plantel.
Indefinições
Quem continua no limbo saídas/permanências são Raul Meireles e Bruno Alves, ambos assumidamente (desde a época 2008/2009) com vontade de sair. Para ambos existe mercado. Meireles já foi apontado ao Real Madrid e ao Chelsea (que vai reestruturar o meio campo) enquanto que o actual capitão surge como opção também para os londrinos, que poderão deixar sair Ricardo Carvalho para o Inter, e para o Barcelona, agora com uma vaga no plantel com a saída de Chigrinskyi e Puyol já em fase descendente da carreira e a pensar na retirada.
Sendo preferível a venda dos dois jogadores do que os ter contrariados no plantel, o FCPorto só terá a ganhar em resolver a situação dos dois o mais rapidamente possível. Alternativas existem e só esperam uma oportunidade.