Ao bater a selecção da República Checa, Portugal garantiu desde já a passagem à fase seguinte da prova onde irá defrontar provavelmente a Croácia ou a Polónia, partindo do princípio que, quer Portugal, quer a Alemanha, terminarão esta fase na liderança dos respectivos grupos.
Sobre o jogo, eu já o tinha aqui dito, a Rep. Checa é um adversário muito mais difícil do que o foi a Turquia (que à hora a que eu escrevo este texto está empatada com a Suiça) e só com muita determinação, e a inspiração de Deco e Ronaldo, foi possível vencer o jogo.
Tendo entrado bem no jogo, Portugal dominou e jogava com grande rapidez, trocando bem a bola e baralhando as marcações dos checos. Assim, o golo até acabou por surgir naturalmente, com uma assistência de Nuno Gomes para Ronaldo que não consegue bater Petr Cech (a par de Sionko, foi o melhor da Rep. Checa), mas este não consegue segurar a bola que acaba por sobrar para Deco que, com a colaboração de um defesa adversário, inagurou o marcador.
No entanto, na sequência de um canto, a Rep. Checa conseguiu chegar à igualdade por Sionko e Portugal sentiu, e de que maneira, o golo, deixando de fazer a boa circulação de bola que até aí vinha fazendo. Por outro lado, os checos disputavam a bola com uma agressividade algo no limite, o que limitava também os talentos portugueses.
Após o intervalo, o jogo continuou muito disputado embora Portugal tenha surgido muito rematador. Contudo, Nuno Gomes mais uma vez demonstrou estar divorciado com a baliza e, ao resto, Petr Cech opunha-se com muita categoria. Isto até que Deco surge isolado na direita, leva a bola para a frente até à área adversária e, fazendo uma leitura perfeita do jogo, descobre Ronaldo sozinho na área que, com classe, bateu finalmente Cech.
A partir daí a Rep. Checa teve de ir à procura do prejuízo, fazendo entrar o gigante Koller, ao que Scolari reagiu e bem, fazendo entrar Meira, como contra-medida para a elevada estatura do checo e com a vantagem de conhecer bem a sua forma de jogar já que ambos jogam na Alemanha.
A seguir, Scolari fez entrar Hugo Almeida para o lugar de Nuno Gomes, uma substituição que quanto a mim deveria ter acontecido logo ao intervalo já que Portugal jogava bem pelas alas mas, na área, faltavam centímetros e poder de choque ao ataque português.
Depois, uma vez que Simão estava já cansado e era necessário fechar o lado direito e, ao mesmo tempo, sair rápido para o contra-ataque, Scolari trocou o Madrilenho por Quaresma que acabaria mesmo por fazer o 3º golo para Portugal após um lance rápido de contra-ataque e uma excelente leitura de Ronaldo que, numa atitude invulgar, preferiu dar o golo ao companheiro de equipa em vez de tentar a sorte. Pela frente estava o monstro Petr Cech e preferiu jogar pelo seguro.
Foi pois uma vitória saborosa da equipa das quinas mas que, para aspirar a grandes vôos, precisa urgentemente de rever o posicionamento defensivo onde, nitidamente, ainda falta algum entendimento entre os jogadores mais recuados. No lance do golo, por exemplo, Ricardo não arriscou a saída e Petit foi sumariamente batido no lance. Contra os turcos, os checos e os suíços, chega e sobra mas quando chegar a altura de jogar contra uma Alemanha, por exemplo, vai ser preciso muito mais concentração.
Imagem: UEFA
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