segunda-feira, junho 20, 2005

Tempos estranhos, estes

Hoje, n' A Bola:

"Vem aí mais um craque

Depois do jovem Anderson, os dragões estarão apontados a um grande craque do futebol internacional, de um grande clube europeu e que conhece muito bem o futebol português. O assunto rola no segredo dos deuses que decidem estas coisas mas espera-se uma semana rica em movimentações. "

Antigamente, o FC Porto comprava, com rigor e critério, jogadores para os lugares necessitados; eles chegavam e eram integrados sem grandes problemas, depressa percebendo o que era a mística portista; o Zé do Boné dizia que "um brasileiro no plantel é bom, dois é excelente, três é uma escola de samba"; o mestre Zé 2 ensinou que construíndo uma equipa com jogadores jovens e voluntariosos (de preferência portugueses), e dando-lhes a beber uma ambição imensa, pode chegar-se longe (campeões da Europa, caramba).

Hoje , o FCP compra julgando-se o Milan. O FCP nunca precisou disso para ser melhor que os dois clubes de Lisboa e surpreender lá fora. São os tiques do novo riquismo. Sai-nos furado, porque essas estrelas vêm para cá já a pensar no Real Madrid.

Há quem pense que está na altura de o FCP deixar de ser um clube de Portugal para passar a ser definitivamente um clube europeu. Talvez, mas a mim tudo isto ainda me faz grande confusão.

4 comentários:

David Caetano disse...

Tu queres ver que vamos comprar o Gabriel Heinze do Mancheste United??

David Caetano disse...

O Figo!! Vamos comprar o Figo!

David Caetano disse...

Agora mais a sério, o FCP poderá a estar a querer entrar numa abordagem mais mercantil do futebol, um pouco à semelhança do Ajax dos anos 90 (outra vez o Ajax!) que procurava jovens valores para os valorizar e depois vender, realizando assim apreciáveis encaixes. Isto porque não se pode estar à espera de um ou outro jogador que se destaque para ser vendido, mas convém sim, manter um nível de receitas mais ou menos equilibrado. Consegue-se, conciliando isto com uma boa política de gestão, manter a equipa a um bom nível de competitividade. Contudo, isto exige uma integração vertical das estruturas do futebol, em que desde os infantis, os jogadores joguem de uma forma determinada, idêntica ao que se faz na equipa A. Por outro lado, o clube é que deve definir metas, e não abusar de oportunismo derivado de interesses.

Esta do craque que aí vem... Desconfio muito da palavra do Jornal Oficial da Luz.

JFFR disse...

Se fosse o Jorge Andrade eu não me importava. Já conhece os cantos à casa.