Em definitivo, a vitória na eliminatória com o Atlético de Madrid foi um importante tónico para o FCPorto que surgiu diferente para melhor no regresso aos jogos da Liga Sagres. Mais contundente, mais aguerrido (excepto Rodriguez que esteve igual a si próprio) e mais confiante.
Por outro lado, a Naval não se encolheu como outras equipas que haviam antes visitado o Dragão e jogou com a mesma disposição ofensiva que havia jogado contra o Benfica, jogo onde havia dominado o adversário, curiosamente, até conseguir empatar o jogo.
Desta vez, porém, o adversário era o FCPorto e nem com a troca de extremos David na esquerda e Marinho na direita, a Naval conseguiu incomodar verdadeiramente a equipa da casa, excepto por uma ou outra ocasião. O FCPorto, por seu turno, começou o jogo de forma pressionante, procurando chegar ao golo o mais cedo possível, instalando-se e jogando no meio campo da Naval. Ao contrário de outros jogos, o FCPorto teve bola, soube circulá-la e jogou em ataque continuado.
Foi por isso com naturalidade que o FCPorto chegou ao primeiro golo, numa excelente iniciativa de Mariano Gonzalez que, após passe de Rolando, flectiu da direita para o centro e rematou traíndo o guarda-redes contrário. Já antes, no entanto, haviam ficado 2 penalties por marcar a favor do FCPorto, ambos sobre Lisandro Lopez, primeiro derrubado pelo guarda-redes (embora a bola se encaminhasse para a baliza, o argentino foi ceifado e em penalties não há lugar a lei da vantagem) e depois segurado por Paulão que impede o jogador de prosseguir. Cosme Machado, o auto-proclamado "Colina" português mostrou o porquê de as semelhanças com o ex-árbitro italiano serem meramente físicas e não só não ajuízou correctamente qualquer dos lances como, ainda por cima, mostrou amarelo a Lisandro, afastando por isso o jogador do próximo jogo.
Na segunda parte a Naval surgiu mais afoita, fruto também das substituições efectuadas ao intervalo mas a toada do jogo pouco se alterou. O FCPorto acabaria mesmo por chegar ao 2º golo, fruto de um grande trabalho de Mariano Gonzalez que solicitou Lucho com um bom passe e este último marcou um golo de classe pura, isolando-se como melhor marcador do FCPorto com 8 golos, tantos quanto Liedson.
Com esta vitória, num jogo em que era importantíssimo vencer para aproveitar da melhor forma o fim da sorte do Benfica, o FCPorto reforça o primeiro lugar, ampliando a vantagem em relação ao 2º classificado que é agora o Sporting a 4 pontos
Já agora...
Li na semana passada (ou teria sido na anterior?) uma crónica no jornal Record onde um dos opinadores de circunstância referia que o FCPorto tinha vantagem em jogar contra adversários cansados de terem jogado contra o Benfica.
Depois de vermos o FCPorto jogar como jogou contra o Atlético de Madrid para 4 dias depois jogar como jogou contra a Naval, não posso deixar de me questionar: será que só os outros precisam de descansar? O FCPorto não? Será que à Naval não fizeram diferença os 3 ou 4 dias de descanso que teve a mais que o FCPorto? Num plantel dito profissional, uma semana não será suficiente para conseguir em 2 jogos consecutivos escalar um 11 em boas condições físicas? Depois admirem-se com mentalidades destas que haja um sentimento de inferioridade em relação a clubes que, lá fora, chegam a fazer 3 ou 4 jogos no espaço de 7 dias e para quem o factor desgaste nem sequer se coloca.
Como disse Jesualdo esta semana, "o FCPorto está onde está por mérito e o Benfica está onde está porque não conseguiu fazer mais". Por muito que isto doa a pseudo-analistas, que tentam em vão fragilizar aquilo que o FCPorto vai fazendo, os azuis e brancos terão feito no final da época mais jogos que qualquer das equipas da Liga Sagres (isto contando, apesar de tudo, com os jogos em que o Benfica descansou frente a Galatasaray, Olimpiakos e Metalist e os jogos em que o Sporting descansou frente ao Bayern). Veremos no final quem será o campeão.
1 comentário:
Chega-lhes Caetano!
Consciente da importância da partida e da possibilidade que tinha, para alcançar uma liderança mais tranquila, o F.C.Porto entrou forte, dominador, a pressionar e criar vários lances de perigo, mas a ser muito perdulário. Na primeira-parte, o seu melhor período, a equipa azul e branca, que jogou muito bem, podia ter construído uma vantagem segura que fez por justificar, mas que não soube aproveitar, tal foi o desacerto na hora de finalizar.
O F.C.Porto, na segunda metade, continuou dominador, senhor do jogo, mas com pior qualidade futebolística e sem ter as oportunidades da primeira-parte. Com o segundo golo, aí sim, a vitória ficou segura e depois foi só deixar passar o tempo, rodar jogadores e poupar os mais desgastados;Lisandro e C.Rodríguez.
Ainda não foi ontem, que fizemos a grande exibição que o público do Dragão - que querem, somos muito exigentes e gostamos, porque a isso fomos habituados, de bons espectáculos - anseia, mas já foi melhor e também temos a noção, que atendendo às circunstâncias - jogo contra o A.Madrid - não podiamos pedir mais.
A oito jornadas do fim - 4 jogos em casa e 4 fora - temos 4 pontos de avanço sobre o Sporting - não deixa de ser curioso - e 5 sobre o Benfica. Estamos po isso, no bom caminho para atingirmos os objectivos de sermos Tetracampeões. A tarefa não vai ser fácil e os obstáculos vão ser muitos - eles vão continuar a tentar por outro lado. Mas estamos atentos, preparados e conscientes, do que nos espera para conseguirmos, mais uma vez, ganhar a Liga e dar sequência ao nosso trajecto, em que o Céu é o limite. Temos tudo para o conseguir: Dirigentes, equipa e adeptos.
A arbitragem do Collina português - até devia ter vergonha de se referir a um extraordinário árbitro - foi uma tristeza!
Um abraço
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