A primeira vez que as equipas se encontraram remonta à época de 1992/1993, tendo o FCPorto vencido por 4-0. Na segunda ocasião, já na época 1997/1998, o resultado foi um expressivo 9-1 a favor do FCPorto, num jogo memorável por vários motivos.
Ao intervalo o FCPorto vencia por 1-0 (golo de Zahovic de grande penalidade), após 45 minutos sem grande interesse e com o FCPorto a mostrar-se pouco esclarecido no ataque, o que levou aos protestos dos adeptos. No banco estava Mário Jardel, o goleador-mor da equipa que nessa época, a 2ª de dragão ao peito, se sagraria novamente melhor marcador do campeonato com 26 golos.
Foi exactamente no brasileiro que António Oliveira apostou para mudar o cariz do jogo, por troca com outro brasileiro: Artur. Jardel entraria na história ao apontar 7 golos em 45 minutos, um deles "de letra".
Este feito veio acicatar ainda mais a discussão em torno da não inclusão de Jardel nas convocatórias da Selecção Brasileira pelo então seleccionador Mário Zagallo, com António Oliveira, rendido à exibição magistral de Jardel, a garantir que iria enviar uma cassete com a gravação do jogo ao seleccionador brasileiro.
O FCPorto, que na eliminatória seguinte eliminou o Maia por... 5-4(!!!), acabaria por vencer a Taça de Portugal, juntando-a ao título de tetracampeão com 9 pontos à frente do Benfica na classificação final. Tinha entretanto perdido a Supertaça para o Boavista, depois de uma derrota por 2-0 no Bessa e uma insuficiente vitória por 1-0 nas Antas. A isto somaria uma decepcionante carreira na Liga dos Campeões, quedando-se no último lugar do grupo D, atrás de Real Madrid, Olympiakos e Rosenborg.
Numa época marcada por alguns conflitos entre treinador e jogadores, nomeadamente Jardel e Sérgio Conceição, e apesar do saldo positivo, Oliveira ficaria numa posição fragilizada, acabando por ser substituído no final da época por Fernando Santos, que viria a granjear o título de "Engenheiro do Penta".
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